segunda-feira, 24 de novembro de 2008


(todos os poemas encontram-se publicados na Usina de Letras)
NA JANELA


Parece que as janelas da noite

abocanham meu olhar em desespero.

Ao olhar para a cidade em lantejoulas

penso em tudo que deixei e que venero...


Já deixei que se esfumassem uns amigos

que de tudo não relembro nem motivo...


Já perdi de tudo um pouco, até segredos,

e encontrei as soluções – ou os enredos.

E não lembro...


Tenho a lisa sensação de tempo vivo

que se escoa feito areia entre meus dedos...

E estes olhos de janela vem de fora,

como bocas que me engolem aos pedaços.

Solidão de muita gente sem abraços...

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