
(todos os poemas encontram-se publicados na Usina de Letras)
NA JANELA
Parece que as janelas da noite
abocanham meu olhar em desespero.
Ao olhar para a cidade em lantejoulas
penso em tudo que deixei e que venero...
Já deixei que se esfumassem uns amigos
que de tudo não relembro nem motivo...
Já perdi de tudo um pouco, até segredos,
e encontrei as soluções – ou os enredos.
E não lembro...
Tenho a lisa sensação de tempo vivo
que se escoa feito areia entre meus dedos...
E estes olhos de janela vem de fora,
como bocas que me engolem aos pedaços.
Solidão de muita gente sem abraços...
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