
REVISTARIA
Num café afrodisíaco
descubro solitários.
Cada um se pensa inteiro
fragmentando seus achados.
Acham nada. São cadeados.
São fantasmas
sem pecados...
Ou talvez não se dêem conta:
o que tem de tão valioso
são – por certo-
seus pecados!
TEU OLHAR BOCA
Assusta-me
teu olhar de lobo.
Porque o compreendo
faminto e doce
e sei que encontra
olhares outros...
O que me resta?
Pensar, quem sabe
nas coisas loucas:
um dia despertam
e abrem a porta.
Fico na espera
do som da aorta...
adivinhando...
(um dia me olhas?)
Sem dono ou ponto
um olhar só olha.
Mas nos teus olhos,
olhar...
É boca!
(E então, devora!)
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