segunda-feira, 24 de novembro de 2008






REVISTARIA


Num café afrodisíaco

descubro solitários.

Cada um se pensa inteiro

fragmentando seus achados.


Acham nada. São cadeados.

São fantasmas

sem pecados...


Ou talvez não se dêem conta:

o que tem de tão valioso

são – por certo-

seus pecados!




TEU OLHAR BOCA


Assusta-me

teu olhar de lobo.

Porque o compreendo

faminto e doce

e sei que encontra

olhares outros...


O que me resta?

Pensar, quem sabe

nas coisas loucas:

um dia despertam

e abrem a porta.


Fico na espera

do som da aorta...

adivinhando...

(um dia me olhas?)


Sem dono ou ponto

um olhar só olha.

Mas nos teus olhos,

olhar...

É boca!

(E então, devora!)

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