sábado, 5 de junho de 2010

O Trem do Estranho



Todo dia o trem.

Quando parece que não por correria
por paulistice
tanto sua quanto minha
de repente
estás aí:
com teus olhares tão negros
que metem medo
fazem bem
e jogam-me contra as ondas
deste mar.

Quando o sinal me provoca
não lembro se já te vi
se foi agora
ou ontem
só sei que existes por aí.

E tens uma poesia esquisita
de estranho
e de talvez:
nesse mistério que guardas
e que me olha
quando somente es
o estranho
do trem.

quinta-feira, 3 de junho de 2010


Amar

É como um tiro escutado
que quando dói
já passou,
aonde vão os gemidos?
Eu nunca sei.
quando recolhe-se o pó
ele procura germinar
e de repente
na esquina
você acredita em delírio.
Mas faz sentido:
as todas partes que guardas
como um pacote
com frio
vem te salvar e te dizem:
essa porcaria vai passar.
E você nem quer tanto assim
que passe
mas quer de novo
outra vez
recomeçar.

Como criança que brinca
com o brinquedo quebrado:
é melhor do que não ter nada.
E é de praxe:
imaginar.


Lavar las veredas con los ojos
con ganas de retornar
Y decir que todo es cierto,
que es hora de acalentar:
una canción de países
despiertos
locos
abiertos
como si fuera otra época y todo el mundo despierto...
Como en un ímpetu en grupo
lleno de voces
a rescatar.

Extrañar : “sentir saudades”.