quinta-feira, 3 de junho de 2010


Amar

É como um tiro escutado
que quando dói
já passou,
aonde vão os gemidos?
Eu nunca sei.
quando recolhe-se o pó
ele procura germinar
e de repente
na esquina
você acredita em delírio.
Mas faz sentido:
as todas partes que guardas
como um pacote
com frio
vem te salvar e te dizem:
essa porcaria vai passar.
E você nem quer tanto assim
que passe
mas quer de novo
outra vez
recomeçar.

Como criança que brinca
com o brinquedo quebrado:
é melhor do que não ter nada.
E é de praxe:
imaginar.

2 comentários:

  1. Nossa que lindo... desse jeito fico emocionada.... Amei...

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  2. Nossa, Edna!
    Muito obrigada mesmo por acessar o blog,
    e também pelo comentário
    beijo!
    (achei que tinha um blog seu, não encotrei- vc tem? se for, deixe o endereço)

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