segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Poema para um Dia
Manhã
O sol da manhã me embebeda
dourado
e ainda embriagado de lua.
Seu frio é de tímido julho
até com seu sangue de fogo.
Talvez eu me espalhe nos fios
e em postes te deixe recados
ou mesmo dilua na rua
os poucos segredos que guardo.
Por fim... sem o absurdo desejo
de um dia dormir ao teu lado
Tarde
Tocam violinos e soam
os raios do sol espalhados.
A cor que anoitece sem pressa
contrasta os motores dos carros.
Estrelas aos poucos me avisam
que a noite esbarrou num telhado...
Noite
De novo avisar às pessoas
que o escuro do inverno é contado;
que poucos minutos lhe restam
à lua e ao sol deste lado...
A face da Terra se aquieta
em troca do céu estrelado
e a tarde que morre é beijada
por pássaro em vôo rasgado...