quinta-feira, 24 de junho de 2010

Tu. Eu e algo

Tu. Eu e algo.

Intercedeste como paralela
embora eu interpretasse
que uma nave em inquestionável
linha reta
atravessara a cidade.

(É claro que inconveniente
até
a janela da minha sala).

O espaço é fundo de cena
e a noite
quase poema.

Tu:
duas vogais em desastre
bruto
como um diamante.
Eu : como um duo em parte
teu, misturado ao descarte.

Claro pedaço de algo
meio que... reciclagem.

Vários sentidos sem nexo.
Sem lapidar.

Pura arte.

domingo, 20 de junho de 2010



                                                                         Desenho : Rui
                                                           [ http://desenhosdorui.blogs.sapo.pt/76979.html]

  Caso

Você pode achar que não houve
apenas eu 
tive e fiz. 

Ou mesmo assim
 sem ter tido
 azucrinei madrugadas
 para mim mesma
 com teu perfume.
 Provável; dier,
 provável é.

 Vamos de novo aos quintais
 perguntar tudo a esta vida:
 o que é real
e o que é nunca? 
O que é que é mesmo
 a mentira?
O teu perfume de areia
 ainda está:
eterna estréia. 
Mas não troféu
treco morto.

Porque alinhavo e permito 
todas as marcas que touco
e elas se ajeitam e gostam 
de perdurar 
como encostos...

 Cristina