segunda-feira, 24 de novembro de 2008





BARCO de PAPEL


Moro na fronteira das passagens

onde o pouco vale muito

e onde o muito dá no mesmo...

Entre risos e aversões, como nomes

- como bocas e palavras-

sei que a esmola que me brindas

pode ser um bom poema,

uma noite (uma algema ou uma crise...)


Não conjuro como juras

nem pretendo pretensões,

não alieno no limite das absurdas emoções...

mas me entrego feito barco,

de papel- à beira mar...

deixo a espuma e o salitre

penetrar em mim, queimar,

e depois morro na praia:

como areia, junto ao mar...


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