segunda-feira, 24 de novembro de 2008

INSTANTES (todos os poemas estão na Usina de Letras)

Fico na beira do rio
a atirar umas pedras.
O sol desenha seus dedos
nas águas calmas
e sinto esta falta -guardada-
ficar enorme.

Talvez eu percorra os instantes
com receio do meu exagero.
Porque sou como equilibrista que
na corda bamba
resolve olhar o chão... e então
pergunta-se : tens certeza ?
E a resposta é sempre não.

Porque a certeza é um tronco morto
e o equilíbrio depende da dúvida.
E o coração do outro é sempre (sempre!)
um templo desconhecido.
Por isso – porque no fundo acredito
que um dia me deixaste visitar lá dentro;
é que continuo
com meu jeito de malabarista
tentando arriscar
te encontrar nas alturas...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe um comentário-
Obrigada por acessar meu blog.