quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

RÉDEAS

Faltam-me tuas rédeas invisíveis
que silenciosamente
dominavam-me no escuro.
As linhas que marcaste
como código insistente
e que deixei;
invasoras e insensatas
corromper minha coerência.

Faltam-me os silêncios libertinos
que furavam meus momentos
disfarçados de raízes
com matizes
e deslizes...

Falta-me tua ausência repetida
que marcava sua presença
no retorno inesquecível.
Um retorno que inventavas
-longas horas compartidas-
em contatos delirantes
sem aviso,
sem palavras.

E na falta vou passando
com meus imãs feito olhos
por quem sabe;
por às vezes;
por talvezes...
Pelo tempo que devora
e na memória
te decora

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