quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

imagem retirada de : http://cruisineurope.blog.com/

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SINAL

Uma tríade de luzes
sobre os fios da calçada
sobre os postes
desta esquina
desta rua
desta rima:
um semáforo sem dentes
que me morde nesta espera
que anuncia – sobre rodas
que esta noite
está vazia...



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CALÇADA de Todo Dia
(ou “Entre o ponto e o metrô”)

Vou driblando corpos altos
como ave atordoada
e de perto
tantas caras
me parecem assustadas.

A cidade
que eu tolero
também é
a que venero.
Não explico,
não receio.
É catálogo de mentes
caminhar
calçada à frente:
figurino cativante
sem ingresso
nem patente.

Nessa faixa
deixo dias, deixo sonhos
inerentes.
E depois eu os resgato
em outro dia
feito enfeites.
Quando páro
e os confiro...
tenho os meus
e os de outra gente!

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